sexta-feira, dezembro 15, 2006
INFINITO AMOR...Um suspiro profundo, nascido na alma,
agitou-lhe no peito a saudade…
Afinal o Amor tinha um rosto… e sorria!
Abandonou-se à lembrança do instante em que,
como nunca antes,
se entregara sem reservas nem pudores
a esse Amor que sentia amá-la para além do infinito do ser,
para lá de tudo o que é conhecido e desconhecido,
muito acima de todos os planos terrenos,
etéreos, imaginários…
Flutuou na memória desse momento,
alheada de tudo, esquecida de todos…
menos d'Ele!
Ele, que descobrira a única janelinha não trancada do seu coração
e entrara de mansinho, sem anúncio nem aviso,
no recanto mais profundo de si mesma,
aquele de admissão reservada,
que só alva alma em ser de luz seria capaz de descobrir e adentrar…
Ele que a despertara da fantasia para mergulhar com ela
num sonho de Amor tão intenso, tão imenso,
que não conhecia em vocabulário terreno
palavras que descrevessem tal sentir,
impossível de definir na ebulição dos sentidos,
entre gestos de ternura e carinhos sussurrados
a incendiar paixão em cada pedaço de pele,
dedo a dedo,
beijo a beijo…
Ele, que a adivinhava e a sabia
e sentia o seu sentir mais profundo,
que lhe percorria corpo e alma em leves toques de doçura
e com as pontas dos dedos desvendava segredos
sem pressas, sem medos...
Ele… que a vestia de fogo
e a levava a mundos por descobrir,
sem limites nem contornos,
saboreando em cada gota de olhar,
em cada murmúrio da alma,
a essência desse Amor em que se consumiam e renasciam
qual céu explodindo em chamas
com um mar de estrelas brilhantes
a iluminar magia
no sorriso de dois amantes…
Um arrepio quente percorreu-lhe a emoção…
Agora sabia o rosto do Amor,
conhecia-lhe o sorriso...
... e queria-O!
Ah como O queria...
(imagem recolhida online)
Rabiscado por lua
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